Metadados: o que são e para que servem
Os Metadados são componentes que fazem parte da estrutura de um determinado dado principal.
São esses componentes que tornam os dados um conjunto de informações úteis para o usuário.
Somando-se informações, como a localização de armazenamento, a forma de indexação, a estruturação de cada dado, entre diversas outras, possibilita-se o acesso e a leitura dos dados de um determinado sistema.
Em um exemplo prático, uma informação sobre soluções em comunicação como um PABX impacta 68 intelbras, pode ser o dado principal, mas são necessárias mais informações, como o nome empresa de referência Direct Telecom.
Perceba como, até para uma busca em mecanismos buscadores como o Google, é fundamental a soma de informações que direcionam a busca da informação desejada.
O uso de metadados também é uma ferramenta importante no que tange a gestão de negócios.
Neste artigo abordamos os metadados, suas aplicações e exemplos para você aprender mais sobre o tema.
Aqui você vai entender melhor como empresas de projetos de engenharia e dos demais setores e segmentos podem se beneficiar com a análise de dados e sua aplicação nos processos.
Entenda o que são os metadados
Analisando pelo ângulo etimológico da palavra “metadado”, vemos que ela é formada pelo prefixo “meta”, de origem no grego, que significa “para além de”, em conjunção com o termo derivado do latim “dado”, significando “algo que foi entregue”.
Podemos entender isso como informações que explicam outras informações, ou seja, os dados em si.
O exemplo mais intuitivo de metadados são os endereços, informações que permitem a localização pontual de algo.
Um escritório de contabilidade imposto de renda, para poder ser encontrado depende de informações adicionais como seu endereço para poder ser localizado.
Ao possuir a informação que se localiza na Rua Coronel Estevam Lopes de Camargo, no número 82, na Vila Moreira em São Paulo, SP, sob o CEP 03088-050, você tem os meios práticos para encontrá-lo.
Mas a questão é que existe uma infinidade de metadados dos mais variados tipos, de forma que qualquer objeto que possa ser armazenado e classificado é um exemplo.
Veja a forma com que uma imagem é salva em seu celular ou computador. Junto a ela existem informações, como, por exemplo, sua extensão que pode ser GIF, JPG, PNG, entre outras.
Este é um metadado que indica o formato utilizado para a manipulação e visualização da imagem.
Em suma, por definição, podemos dizer que os metadados são informações estruturadas, contendo um significado amplo e conhecido.
Para um negócio, os metadados são a base para operacionalização das atividades da empresa.
Existe, inclusive, um campo da gestão dedicado exclusivamente ao estudo dos metadados, que tem como obra de referência o DAMA-DMBOK.
Segundo ele, os metadados contém um conjunto de características que os definem, de forma que devem ser:
- Únicos;
- Aderentes ao negócio;
- Legíveis;
- Disponíveis;
- Passíveis de boa performance;
- Passíveis de manutenção.
São informações que se agregam para a disponibilização de dados, sendo componentes somados que definem um empreendimento, como uma assessoria ambiental valor.
Entenda a função dos metadados
Como você já pôde ver até este ponto, a existência dos metadados é fundamental para catalogar e recuperar dados.
Eles são um alicerce do que chamamos de web semântica, uma extensão do conceito web que compõem a parte que permite a interação entre máquina e componente humano por meio dos códigos.
Podemos concluir que sua função cerne é direcionar e facilitar o processo de busca e de resgate de dados, a partir de informações com significado e valores pré-definidos.
Um dos empregos mais importantes dos metadados na gestão se refere ao campo da gestão documental, como recursos básicos para seu emprego.
Uma administradora de condominios emprega a gestão documental quando organiza e classifica seus arquivos por meio de etiquetas como datas, entre uma infinidade de outros possíveis formatos, tanto de forma eletrônica ou mesmo física.
Todo tipo de atributo que puder classificar ou catalogar um determinado objeto é um metadado, conceito aplicado aos mais diversos campos.
Em um arquivo eletrônico, sua extensão é um metadado que serve para especificar seu tipo.
Em um site, um importante atributo é o seu título principal, ou seja, o título é um exemplo de metadado.
E em um formulário, cada um dos campos é um metadado, que pode ser referente a um cliente.
Existem basicamente 3 tipos de metadados, e falaremos exatamente sobre isso adiante. Continue lendo para compreendê-los.
Descubra os tipos de metadados
Cada tipo de dado ou objeto, é usado e aplicado dentro de um contexto próprio, havendo as mais diversas possibilidades.
Em um exemplo prático, para referenciar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos destacam-se informações que o referenciam, como código, autor, data de aprovação.
Já no caso de um banco de imagens contamos com informações como formato, data e nome.
Perceba como metadados diferentes são aplicáveis para diferentes dados, objetos ou arquivos.
Assim, as áreas de programação e análise de dados definiram 3 categorias elementares de metadados. Pontuamos a seguir cada uma delas.
- Metadados estruturados
Os metadados estruturados são os mais comuns, caracterizado por ser um metadado que se liga a uma estrutura pré-definida. Empregado para classificar e/ou armazenar um determinado dado.
Eles são a base que estrutura objetos como formulários nos quais são inseridos informações (metadados) que fazem referência a um determinado objeto.
Uma empresa de terceirização de limpeza que possua em sua estratégia de marketing digital o uso de newsletter é um exemplo disso.
Ao preencher o cadastro fornecendo informações como nome, e-mail e localização, o usuário está disponibilizando metadados para um banco de dados.
- Metadados semiestruturados
Para entender melhor os metadados semiestruturados, didaticamente é mais simples compreender suas principais disposições.
O RDF, ou Resource Description Framework, são especificações W3C (World Wide Web Consortium) que existem para modelagem de metadados;
O XML ou Extensible Markup Language são metadados que marcam especificações em objetos web, direcionados para o compartilhamento de informações.
Já o JSON, ou Javascript Object Notation, é um metadado substituto para o XML em determinados casos, sendo um importante padrão para o intercâmbio de dados.
Um bom software para tratar metadados semiestruturados é o Alteryx, que compreende os diversos formatos.
Ele permite trabalhar com este tipo de metadados, assim como fazer Data Blending, ou seja, a combinação de diferentes dados para a criação de um conjunto analítico que seja acionável para uma tomada de decisão ou para a condução de um processo específico.
Ou seja, em uma mesma plataforma é possível tratar seus dados e ainda obter insights de seu negócio.
Tratar dados com precisão e acurácia pode ser o grande ponto-chave para o sucesso de um negócio, como uma empresa de impressão 3D.
- Metadados não estruturados
Por fim, o terceiro tipo são os metadados não estruturados. Aqui o principal exemplo para sua compreensão são os arquivos de texto.
Neste formato é possível inserir qualquer tipo de dado, de forma que a informação pode ter qualquer tamanho e não depende de uma padronização rígida.
Isso o torna mais complexo para ser localizado, exigindo uma maior capacidade de interpretação e síntese.
Um exemplo de software para lidar com metadados não estruturados é o Tableau, contando com uma interface gráfica simples que trata diversas origens de dados.
Gerenciamento de metadados
Na era do Big Data, o uso e a aplicação dos metadados é algo essencialmente estratégico no que tange o acesso à informação, considerando aqui as mais diversas origens.
Com um boa política de governança de dados é possível definir pontos básicos, como a padronização dos metadados.
As categorias principais para a gestão incluem metadados que podem ser classificados como Técnicos, de Negócios, Operacional e Infraestrutura, e de Uso.
A partir daí é possível definir processos e protocolos para a coleta, para a curadoria dos dados, e ainda para a inferência sobre eles, ou seja, a aplicação de mecanismos inteligentes para a interpretação dos mesmos.
Um gerenciamento ativo dos metadados os torna mais valiosos, principalmente quando se sobrepõem à processos como o aprendizado de máquina, integrando e aprimorando com o conhecimento humano.
É essa integração que torna processos de gerenciamento de dados mais amplos, dinâmicos e inteligentes.
Considerações Finais
Os metadados são componentes-chave que otimizam a rotina de quem lida com os dados, atendendo interesses empresariais nos mais diversos nichos e segmentos do mercado.
Metadados ativos são indispensáveis para um sistema de gerenciamento de dados funcional e bem arquitetado, o que se espelha diretamente em todo o projeto de dados.
Eles funcionam ainda como um sistema de background para análises futuras de dados e informações, sendo altamente estratégicos.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.